A Fundação Galp Energia possui um Serviço de Atendimento Assistido que permite a clientes Galp Energia com mobilidade reduzida e veículo adaptado beneficiarem de um atendimento personalizado quer no abastecimento de combustível quer na compra de produtos disponíveis nas respetivas lojas de conveniência situadas nas áreas de serviço da Galp Energia.
Saiba como funciona o serviço através do video abaixo:
Este serviço tem um grande senão, que é a obrigatoriedade em efetuar o pagamento em dinheiro, não o sendo possível através de multibanco.
Para obter o dispositivo eletrónico é necessário a inscrição no site (http://www.galpenergia.com/PT/agalpenergia/Fundacao-Galp-Energia/Paginas/AtendimentoAssistido.aspx), efetuar o preenchimento de um formulário, de onde devem constar a matrícula do respetivo veículo e o posto de abastecimento Galp Energia selecionado para o levantamento do dispositivo.
A Repsol também possui um posto de abastecimento identificado com o sinal de bomba acessível, mas, ao contrário da Galp, não contém o eficiente dispositivo eletrónico. O cliente ao parar junto ao posto para abastecer tem de apitar (literalmente!) para chamar o assistente.
A Galp e Repsol, são duas empresas de abastecimento com sistemas de apoio a condutores com mobilidade reduzida. Contudo, nem sempre funcionam na íntegra pelas mais diversas razões e, por isso, estes condutores deparam-se com enormes dificuldades e grandes constrangimentos diariamente. Apesar de existir legislação, onde estão definidas as condições de acessibilidade e no qual se incluem explicitamente as bombas – como o Decreto-Lei 163/2006 -, que visa combater tais situações, esta não é cumprida.
Situações constrangedoras (e comuns!)
1ª Situação
Após abastecer o seu veículo num posto de abastecimento da Repsol na Gare Oriente, Carlos Nogueira foi obrigado a dar o código pessoal do cartão multibanco ao funcionário aquando o pagamento, pois, não possuía dinheiro e estes não tinham um multibanco móvel. Perante esta situação, o Carlos imediatamente se decidiu a escrever assertivamente no Livro de Reclamações.
Com o objectivo de divulgar tal situação e após a resposta ter sido negativa, a nossa equipa juntamente com nosso amigo Carlos Nogueira realizou no dia 5 de Março de 2014 pelas 18.30h, uma simulação de abastecimento de combustível no mesmo posto, da qual resultou o seguinte filme:
Relativamente a este posto de combustível verificámos que nada foi feito até ao momento após a reclamação do Carlos N. A pobre justificação que o funcionário (bem educado e atencioso) nos deu foi a de que não haveriam terminais de multibanco portáteis por “questões de segurança”. Contudo, esta é uma resposta injustificável (e injusta!) uma vez que este tipo de equipamentos são disponibilizados noutras gasolineiras, e há outro tipo de soluções alternativas à de o funcionário ter que pedir o código pessoal de multibanco do cliente para este poder efetuar o pagamento de combustível.
2ª Situação
Carlos Nogueira viveu uma outra situação discriminatória num outro posto de abastecimento de combustível, em Alcabideche. Uma funcionária recusou auxiliá-lo no abastecimento do veículo depois de o seu chefe lhe ter negado autorização para o efeito. Esta resposta negativa obviamente resultou numa nova reclamação. Felizmente o Diretor Geral da bomba imediatamente assumiu que aquele comportamento havia sido “um erro” e que este tipo de situação não voltaria a repetir-se. De forma a verificar a eficácia no tempo desta denúncia e se a situação mantinha-se, a nossa equipa acompanhou o Carlos num teste de abastecimento de combustível na referida bomba no dia 8 de Março de 2014 pelas 18h. Veja através do seguinte vídeo o que aconteceu:
Através desta simulação constatámos, para nossa agradável surpresa, que neste posto de abastecimento, a operação correu de forma positiva sendo-nos disponibilizada todo o apoio possível. No entanto, acrescentamos que este posto não se encontra imprescindivelmente identificado com o dístico de acessibilidade, o que nos deixa ainda mais surpreendidos com atitude positiva de mudança.
ALARMANTE!
O que pensamos ser ainda mais alarmante é o fato da ASAE, entidade que deveria defender os interesses dos consumidores, ignorar a legislação nacional e os acordos internacionais subscritos por Portugal, ao assumir um papel defensivo destas empresas, deixando a ideia de que nada há a fazer neste tipo de situações constrangedoras e admissíveis de desrespeito pelos direitos de todos os consumidores.
Fonte e informação completa: Lisboa (In)Acessivel
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