segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Simpósio Internacional "In/capacidade e in/diferença" no Porto

Fui alertado para a realização deste simpósio, pelo nosso querido arquitecto Pedro Homem de Gouveia. Desconhecia. Muito interessante.

Mudemos o foco do indivíduo deficiente para uma sociedade incapacitante e ainda incapaz de aceitar e adaptar-se a diferenças entre humanos. Vejamos assim a deficiência de outra perspectiva e chamemos-lhe outra coisa – incapacidade - de modo a distanciarmo-nos ainda mais de ideologias dominantes incapacitantes. E olhemos para a deficiência não como um défice individual e anormal mas como uma diferença corporal. E assim entremos em diálogo de modo a pensar e a actuar sobre a inclusão e a participação social, a anti-discriminação, a eliminação de barreiras arquitectónicas, comunicacionais, atitudinais, educacionais, vocacionais, legais e pessoais que existem quotidianamente nas vidas das pessoas incapacitadas. No sentido da justiça social, da promoção dos direitos de cidadania e do desenvolvimento da autonomia das pessoas incapacitadas.

Este simpósio tem como objectivo central a promoção do debate entre pessoas incapacitadas, profissionais e investigadores da área da incapacidade. Entendemos que a problematização destas questões não se refere somente às pessoas incapacitadas mas à sociedade portuguesa e, consequentemente, se exige o compromisso e a responsabilidade de todos os actores sociais na promoção da inclusão social efectiva das pessoas incapacitadas e na garantia do respeito pelos seus direitos.

Deste modo, pretende-se perceber o enquadramento de um modelo sociopolítico sobre a incapacidade em Portugal, tratando-se de temas como a acessibilidade e o design inclusivo, a discriminação e a mobilização para a acção, a diferença corporal e a diversidade em sociedade, as relações (in)capacitantes entre profissionais–familiares–pessoas incapacitadas, …. Tendo como objectivo último o encontro de conclusões e de propostas concretas de intervenção na comunidade das pessoas incapacitadas, nas organizações, nas instituições, no poder político e na sociedade, esperando-se que estas sejam relevantes na definição de futuros desenvolvimentos nas intervenções e políticas relativas à incapacidade, no sentido de uma sociedade inclusiva, pluralista e diversa.
Fonte: Blog Simpósio Internacional In/capacidade e In/diferença

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