Um salto, um tombo
Um mergulho rumo ao "crack" da quinta vértebra
As águas claras são como sonhos...
A alma cheia de vida, audácia
Ah... As altas pedras do mar da Croácia!
O brilho do sol ilude a altitude do fundo
O fundo é raso
Como raso é o mundo...
O espírito sim... Este é profundo!
Esse voa, corta os ares
Como escunas, singra mares...
Pois saibas...
Mesmo que em meio à imobilidade
A liberdade ainda está aí
Ela é como sangue em veias
Embora tudo pare
Ele escorre como pensamentos...
Como estes versos...
Como estas lágrimas
Que, apesar de não ser momento
De demonstrá-las,
São mais fortes
Que as contra-intenções
E, ganhando vida própria,
Correm por ti e contigo e... por mim...
Autor: Gê Muniz
Achei o poema muito bem conseguido amigo, parabéns ao autor! Aí está quase tudo, a causa e a vivência na imobilidade, gostei! Transparece a liberdade, que não se encontra prisioneira do movimento... e que voa no pensamento, no sonho e na própria palavra que compõe o poema... a vida por vezes "fecha-nos uma porta mas também nos abre uma janela", e somos nós que a partir daí temos de ver a liberdade com outros olhos e olhar o mundo pela "janela" com outro espírito!
ResponderEliminarE já agora... venha mais poesia ;)
Abraço.
Sininho
Para mim só relatou factos e incitou o amigo a voar livremente sem ser fisicamente.
ResponderEliminarNada especial Sininho! Embora ache que nenhum poeta conseguirá jamais descrever o que é ficar tetraplégico.
Fica bem.