Sempre senti dores incómodas em várias partes do corpo. Maioria depois de uns anos acabei por aprender a tolera-las. As do meu braço direito é que sempre foram as piores de suportar. Dobrar o braço durante mais que 5 minutos é o suficiente para ficar de tal maneira afectado, que dor torna-se insuportável. Dormir, somente com ele esticado.
Já fiz vários tratamentos: a lazer, injectado directamente no nervo, fisioterapia...mas nada resolveu.
Único medicamento que tem ajudado alguma coisa, é o Neurontin (Gabanpantina). Com ele dores diminuíram imenso. Últimos meses até a do braço está menos incomoda. Excepto se dobrar o braço durante algum tempo. Nesse caso dor volta com uma grande intensidade. Anos atrás especialistas diziam que nada podiam fazer. Era receitar Voltaren (Diclofenac) e pouco mais. Agora chamam-lhe dor neuropática...
A dor neuropática é um tipo de dor crónica resultante de uma lesão nos nervos ou numa região do sistema nervoso central que transmite sinais de dor, designadamente a espinal-medula e o cérebro.
A dor neuropática manifesta-se de várias formas, como uma sensação em queimadura, aguda, penetrante, como um choque eléctrico, dolorida, pulsátil, esmagadora, como uma dor de dentes ou como uma queimadura solar. Pode ser acompanhada ou não de "formigueiro" ou "dormência" (sensações conhecidas como parestesias) de uma determinada parte do corpo.
Quais são as causas da dor neuropática?
Diversas doenças podem lesionar directamente os nervos e levar ao aparecimento de dor neuropática, designadamente a esclerose múltipla ou lesões por acidente. A amputação de um membro é outra causa bem conhecida de dor neuropática (dor do membro fantasma).
Tratamento
O tratamento da dor neuropática varia de acordo com a doença e com o estadio em que ela se encontra. O objectivo é tratar especificamente o nervo ou a doença que o está a lesar indirectamente e/ou a dor resultante dessas lesões ou visar somente o alívio da dor. Os medicamentos mais frequentemente usados são:
Anticonvulsivantes - substâncias usadas para tratar a epilepsia (gabapentina, carbamazepina, lamotrigina) que actuam diminuindo a actividade eléctrica dos nervos ou inibindo a passagem das dores por determinadas vias nervosas:
Anestésicos - como a cetamina e a ropivacaína, que também diminuem a actividade eléctrica dos nervos e
Antidepressivos - como a amitriptilina e a imipramina, que estimulam certas partes do sistema nervoso que vão inibir a passagem da dor, além de actuar na depressão que geralmente acompanha a neuropatia ou qualquer dor na fase crónica.
Outras Técnicas
Para alguns tipos específicos de dor neuropática o médico poderá indicar tratamento cirúrgico do nervo, da medula espinal ou até a nível cerebral (exemplos: implantes de eléctrodos, estimuladores que funcionam como pacemakers cardíacos - conforme reportagem abaixo).
O tratamento visa curar a doença e, quando isso não for possível, aliviar o sofrimento do doente. Vale a pena lembrar que o controlo adequado da dor favorece o doente em vários aspectos: melhora as actividades diárias, proporciona um sono tranquilo e reparador, aumenta a capacidade de trabalho e melhora a auto-estima. Em suma, melhora a qualidade de vida.
Conheça também a APED - Associação Portuguesa para o Estudo da Dor
COMO SEMPRE, MUITO ESCLARECEDOR CARO AMIGO.
ResponderEliminarGRANDE ABRAÇO
Obrigado "artista", Jeff!
ResponderEliminarMudam-lhe os nomes, mas as dores persistem...rs
Fica bem