quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Atletas sem barreiras

Na região surgiram, nos últimos anos, clubes de desporto adaptado. A ALGARVE MAIS foi conhecer alguns dos atletas da natação adaptada do Louletano Desportos Clube e do basquete adaptado da Associação Parasport, que todos os dias mostram ao Algarve e ao mundo que no desporto não existem barreiras. São deficientes motores ou mentais, mas não são diferentes, são pessoas que, como todas as outras, procuram o sucesso, o reconhecimento e a aprovação. Encontram esse reconhecimento no desporto e dão tudo por tudo para, também eles, serem um motivo de orgulho para aqueles que os rodeiam.

A vida atraiçoou-os e de um momento para o outro viram-se limitados a uma 
cadeira de rodas. Mas, com o espírito de campeões que têm, não se deixaram ficar, e foram à luta, encontrando no desporto mais uma razão para continuar com toda a alegria a percorrer os trilhos desta caminhada que é a vida. Perderam o movimento nas pernas mas não lhes tiraram os sonhos, nem lhes cortaram as asas e, assim sendo, ainda é possível voar. “Percebemos que, apesar de tudo o que nos aconteceu e por estarmos impossibilitados de utilizar em pleno a nossa função motora, não estamos inutilizados e podemos continuar a nossa vida”, afirma Guilherme um dos atletas da Parasport, uma Associação de Promoção do Desporto Adaptado, sediada no Algarve desde 2004.

O projecto surgiu pelas mãos de André Leman que, a certa altura, enquanto estudava na Universidade do Algarve, conheceu um senhor tetraplégico que foi a alavanca que faltava para que o jovem avançasse com uma estrutura que permitisse desenvolver o desporto para pessoas com deficiência no Algarve. A associação surge então para fazer “chegar o desporto a todos e mudar a imagem de «coitadinhos» associado à pessoa com deficiência”, realça André Leman, dirigente da associação.
Fonte: Algarve Mais

3 comentários:

  1. Bom dia, Edu!
    É exatamente o que vejo no esporte, além do aspecto físico, do bem estar, da saúde, da socialização, o principal é a auto-estima. Não dá para "ter pena" de alguém que faz no esporte, o que uma pessoa com funções normais, não faz. A imagem de "coitadinho" muda, passa-se a ter admiração e respeito.
    Jogar Basquete, controlando os adversários, a bola e a cadeira, tudo com rapidez...
    Tocar a cadeira segurando uma raquete de tênis, sendo que a única diferença das regras para o tênis andante é poder dar dois quiques com a bola...
    Criar um nado com apenas um membro (uma perna) e ainda deixar para trás outros que têm os quatro membros e ser medalhista...
    Ser tetra e jogar Rugby...
    Ser dediciente visual campeão de atletismo, de natação, golboal...
    Tantos outros que não cortaram suas asas...

    Fico com pena é de mim que não tenho essa garra toda!rsrs

    Fica bem,
    Mônica

    ResponderEliminar
  2. Que descrição maravilhosa fizeste, Mónica!!
    Obrigado pela clareza. Disseste quase tudo. Faltou só acrescentar que tens essa garra e muito mais, sim. Eu sou testemunha disso.
    Somente não há comparações. Cada caso é um caso.
    Fica bem.

    ResponderEliminar
  3. Obrigada, meu amigo Edu!
    Vc tem razão, garra é o que não falta a todos nós. Cada um à sua maneira.

    Beijo,
    Mônica

    ResponderEliminar