Um deficiente motor acusa a Associação de Moradores das Andorinhas, em Braga, de discriminação. A BragaHabit atribuiu-lhe uma casa naquele bairro e até construiu uma rampa, nas traseiras, mas os moradores não aceitam a alteração da fachada do prédio.
António Conceição Fontes, 53 anos, foi atirado para uma cadeira de rodas, em 2005, ano em que sofreu uma trombose. Desde então, solicitou à Bragahabit uma casa com melhor acesso que a que habita. Em Março de 2003 recebeu a notícia da atribuição de um rés-do-chão, no bairro das Andorinhas, mas quando foi visitar a casa, ficou acordado com as técnicas da Bragahabit que havia a necessidade de proceder a algumas adaptações.
"A técnica é que disse que seria feita uma rampa nas traseiras, porque na porta principal há três degraus. Também concordou em alargar portas e adaptar a casa de banho. Passados dois ou três meses arrancaram as obras e, em Agosto, passei lá e já estava pronta e tinham aberto um buraco para colocar a porta. Fiquei muito feliz", diz António Fontes. A ansiedade de mudar para a nova casa levou António a deslocar-se ao local diariamente, até que estranhou que as obras tivessem parado. "Desloquei-me à Bragahabit e informaram-me que havia um problema. No dia anterior tinha-se realizado uma reunião dos moradores do prédio com a Associação de Moradores das Andorinhas e a Bragahabit, em que foi dado a conhecer que os moradores não concordavam com a colocação da rampa", relata Fontes.
Segundo um morador do bloco 22 do Bairro das Andorinhas, em causa não está, "nem nunca esteve, a ida deste senhor para o bairro, até porque existe um caso semelhante, em que a Bragahabit também fez uma rampa disfarçada. Esta rampa era uma aberração, porque tinha uns dez metros de comprimento". Este mesmo morador alerta para o facto de ter sido feito grande esforço em pintar os prédios, pelo que seria um contra-senso permitir semelhante obra. "A Associação propôs, inclusive, a colocação de uma rampa mecânica", disse o morador. JN
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