A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) vai fazer um novo apelo para encontrar famílias dispostas a acolher idosos, depois da primeira campanha ter tido, ao que o DN apurou, muito poucos candidatos. A Santa Casa não avança números, mas após ter lançado uma forte campanha de divulgação entre Junho e Julho, admite a necessidade de insistir e voltar a anunciar esta medida, um último apelo.
A ideia é sensibilizar os residentes em Lisboa para "adoptar" idosos e adultos com deficiência. Os idosos a viver sozinhos são cada vez em maior número, em todo o país: o Instituto Nacional de Estatística estima que existam 321 mil pessoas nesta situação. E no concelho de Lisboa, onde há menos de 600 mil habitantes, segundo as última estimativas, calcula-se que cerca de um quarto tenham mais de 65 anos.
O programa de acolhimento de idosos e de adultos com deficiência já existe desde 1991, mas no ano passado, em todo o País, apenas 775 famílias tinham aderido. Dois anos antes, em 2007, eram 600 - a maior parte no Norte do País. Cada família pode receber até um máximo de três idosos. O objectivo é evitar que, quando forem incapazes de viver sozinhos, por doença e falta de autonomia, fiquem numa situação de isolamento ou sejam atirados para um lar.
Para receber um idoso em sua casa, a família tem de ser consideradas "idónea" e satisfazer uma série de condições: da estabilidade familiar à capacidade económica e possuir uma casa com boas condições e acessível. Além disso, assumir o compromisso de participar em acções de formação contínuas. Em troca, recebe uma compensação financeira: no mínimo, 447,27 euros por idoso, mas se se tratar de alguém com elevado grau de dependência, o valor pode duplicar.
A Santa Casa está a tentar implementar este programa em Lisboa, apesar de ter consciência que a capital é um território onde é complicado arranjar candidatos: não só o concelho é muito envelhecido, como o ritmo de vida não ajuda, reconhece um responsável. Neste caso, os candidatos devem contactar a Misericórdia de Lisboa, mas famílias do resto do país que desejam participar podem contactar a Segurança Social.
A subdirectora da Acção Social da SCML, Ana Bela de Sousa, diz que a instituição só avançará dados no final de mais esta campanha, mas admite que esta segunda fase não estava planeada. DN
não entendo qual a rasam de não ser possível, pessoas do norte acolher idosos de Lisboa!!!
ResponderEliminarafinal somos só um país e uma vez que não há famílias de acolhimento em Lisboa é melhor serem acolhidos por famílias do norte duque serem encontrados por vezes já sem vida em suas casa.
Desconhecia que quem vive no Norte não poderia acolher utentes de Lisboa.
ResponderEliminarFique bem