terça-feira, 3 de novembro de 2015

Uma grande reportagem sobre o meu dia-a-dia: O que é isso de vida independente?

Eduardo Jorge é um dos rostos da luta pela vida independente em Portugal. Um acidente de carro em 1991 deixou-o tetraplégico aos 28 anos. Depois disso empenhou-se na defesa de um sistema que permita uma alternativa á institucionalização de pessoas com deficiência. A filosofia do movimento de vida independente segue um princípio: a pessoa com deficiência reconhece que tem necessidades especiais e que precisa de assistência, mas também tem de controlar a sua vida, avaliar a sua situação e decidir. É esse um dos princípios da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adoptada pela ONU em 2006, e que Portugal subscreveu.
Um projecto-piloto que crie um serviço de assistência pessoal fazia parte da Estratégia Nacional para a Deficiência 2010-2013. Nunca avançou.

Na Suécia, onde a filosofia de vida independente vingou, o sistema de subsidio existe desde 1994. Eduardo reclama o mesmo para Portugal. Defende que o Estado deve entregar à pessoa com deficiência os 970,00 euros. Em 2013 Eduardo fez uma greve de fome em frente à Assembleia da República exigindo justamente isso. Acabaria por interromper o protesto após o secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Agostinho Branquinho, se ter comprometido elaborar uma lei sobre vida independente.

Sem respostas Eduardo decidiu em Setembro de 2014 percorrer 180km em cadeira de rodas, de Abrantes até Lisboa. Este ano, tinha planeado fazer nova greve de fome. Quando o PÚBLICO começou a acompanha-lo, em Dezembro, era esse o objectivo. Sete meses depois, a sua vida mudou radicalmente.

Por causa de problemas de saúde graves, aceitou ir para um lar. Desistiu?

Assista á reportagem completa em vídeo aqui: http://www.publico.pt/multimedia/video/o-que-e-isso-de-vida-independente-20151013-170549

2 comentários:

  1. Caro Eduardo Jorge, acabo de ver a reportagem/documentário do Público. Fiquei fascinado. É este o melhor termo que encontro, embora impressionado, comovido ou admirado fossem também adequados. O Público e a Vera Moutinho estão também de parabéns, claro, e este filme merece ser premiado. O modo como nos deixa entrar na sua vida e acompanhá-lo no dia-a-dia, nos seus pensamentos, sentimentos e emoções é espantoso. Aprendi muito consigo, hoje. Gostaria de ter metade da sua coragem e determinação. Espero ter ocasião de o conhecer ao vivo. Um abraço.

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    1. Olá Paulo,
      Só me mostrando como realmente sou poderia passar a verdade. Expor-me não foi nada fácil realmente.
      Obrigado pelas suas palavras. Também terei muito gosto em conhecê-lo pessoalmente, basta enviar-me um email que combinaremos esse encontro.
      Fique bem

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