O que se quer no fundo com estas medidas é facilitar a mobilidade de todos - não só das pessoas com deficiência, mas também dos idosos, das grávidas, de alguém que tenha partido um membro ou tenha sido operado, quem empurra carrinhos de bebés ou transporta malas pesadas, por exemplo.
Para a presidente da Associação de Defesa do Património de Lisboa (ADPLx), Aline Hall de Beuvink, a capital portuguesa há muito precisava de um plano de acessibilidade. “Veja-se os passeios, sempre povoados por carros, sem controlo, ou o mero multibanco, que é, habitualmente, colocado de uma maneira que pessoas com mobilidade reduzida têm imensa dificuldade em utilizá-lo. Ou, para dar outro exemplo, a sinalização para invisuais, como os semáforos, o metro, etc.”, enumera.
A presidente da Associação Portuguesa de Deficientes (APD), Ana Sesudo, das barreiras de acessibilidade existentes destaca o rebaixamento dos passeios, mas, segundo o diretor da equipa responsável pelo Plano de Acessibilidade Pedonal da CML, o arquiteto Pedro Gouveia, são tantos os problemas a corrigir que “se começasse por enumerar todos era difícil chegarmos ao fim”.
Para além das barreiras físicas naturais, como é exemplo a inclinação da cidade das sete colinas, o arquiteto destaca as caixas de eletricidade, as paragens de autocarros, os pilaretes – o maior inimigo dos invisuais - os sinais de trânsito que são mal colocados, a falta de aviso de obras ou de alterações, etc. etc
Sem comentários:
Enviar um comentário