segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Doentes vão poder tratar-se em qualquer país da UE

Comissário europeu da saúde defendeu hoje que mecanismo está a ser tratado para funcionar já no próximo ano

A possibilidade de um doente se poder tratar em qualquer país da União Europeia poderá ser uma realidade já no próximo ano, anunciou hoje o comissário europeu da saúde, John Dalli.

Embora a grande maioria dos doentes continue a recorrer a cuidados de saúde existentes no seu próprio país, por vezes os melhores cuidados médicos são ministrados no estrangeiro.

Durante um almoço em Lisboa, Jonh Dalli lembrou a existência de cuidados altamente especializados num outro país e o caso das regiões transfronteiriças em que o estabelecimento de cuidados de saúde mais próximo se encontra noutro país vizinho.

A comissão está a tentar "regular para facilitar a mobilidade dos pacientes" e clarificar as possibilidades de procura de cuidados de saúde, disse o comissário Europeu da Saúde e da Defesa do Consumidor, durante um almoço com jornalistas que decorreu no Centro Jean Monet. Jonh Dalli reconheceu que gostaria de dizer que esta é uma realidade possível "já amanhã", mas acredita que "será possível já no próximo ano".

Lembrando que "as pessoas não gostam de andar de uns países para os outros, principalmente quando estão doentes", o comissário recordou ainda uma outra medida da comissão que poderá melhorar os serviços de saúde europeus: o "e-health". Sem grandes gastos financeiros, a telemedicina iria permitir melhores cuidados sem a necessidade "de as pessoas se deslocarem", acrescentou o responsável, lembrando que o maior obstáculo ao serviço de "e-saúde" é a "incompatibilidade dos diferentes sistemas" existentes nos serviços de saúde da Europa.

A divulgação de tecnologias médicas inovadoras, além da prestação de cuidados seguros aos doentes em todos os Estados-Membros, é outra das medidas na calha. Jonh Dalli lembrou que está a ser estudado um sistema que avalie e compare as novas descobertas na área da saúde para tentar perceber se são realmente melhores que as já existentes e se existe um real benefício. "A grande questão é perceber quem é que ficará responsável por essa avaliação, quem é que toma a decisão científica sobre se é melhor ou não e se é economicamente vantajoso", explicou.
Fonte: DN

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