Na passada sexta-feira, dia 26 de Novembro, responsáveis pela política de saúde de 53 países da Região Europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS - Europa) assinaram um compromisso relativo à saúde de crianças e jovens com deficiência intelectual. A declaração foi assinada no âmbito da Conferência Europeia da OMS, que decorreu em Bucareste, na Roménia.
Apesar do enorme esforço dos últimos anos, ajudar crianças com deficiência intelectual a viver uma vida saudável continua a ser um grande desafio.
Na região europeia, estima-se que vivam cerca de 5 milhões de crianças e jovens com deficiência intelectual, com particular incidência nos países mais pobres. Destas, mais de 300 mil estão institucionalizadas e lá deverão permanecer até ao final da vida. Se não forem tomadas medidas urgentes, este número pode subir cerca de 1%, por ano, nos próximos dez anos.
O documento assenta no princípio básico de que crianças com deficiência intelectual e as suas famílias necessitam de cuidados comunitários efectivos e extensivos, numa mudança do paradigma institucionalizante para um paradigma assente na comunidade e na inclusão social.
A deficiência incide mais em contextos de pobreza. Famílias com membros vulneráveis, incluindo crianças com deficiência, ficam muitas vezes presas a situações de pobreza crónica. Por isso, a declaração aponta como elementos centrais a pobreza e as desigualdades sociais.
A declaração aponta ainda para a dificuldade em obter dados precisos e significativos relativamente a esta realidade e para o facto de as estatísticas oficiais raramente revelarem a real extensão do problema.
Para colmatar as lacunas, a declaração inclui um plano de acção que abrange dez áreas prioritárias, com intervenções concretas para grupos de jovens diferenciados por faixa etária, vulnerabilidade e capacidade de evolução. Os primeiros resultados da execução do plano são esperados até ao final de 2015. Portal da Saúde
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