domingo, 26 de dezembro de 2010
Mais de 50 bebés foram abandonados
Crianças nascidas e logo rejeitadas pelas mães. Uma triste realidade com que os profissionais de saúde se deparam com frequência e que tende a aumentar devido ao agravamento dos problemas económicos e sociais. Só em três unidades hospitalares, este ano, mais de 50 recém-nascidos foram abandonados.
O Hospital Amadora-Sintra é uma das unidades de saúde com mais crianças abandonadas. Este ano, foram cerca de 40 bebés, encaminhados pelos tribunais para a adopção. Os concelhos da Amadora e de Sintra, da área de referência desta unidade hospitalar, têm populações variadas, que abrangem largas camadas sociais desfavorecidas e um elevado número de imigrantes, especialmente oriundos de países africanos. Quarenta por cento das crianças ali nascidas são de pais imigrantes. Segundo fonte daquela unidade, o número de crianças identificadas como estando em risco e que necessitaram da intervenção dos serviços sociais foi de 531 em 2009.É frequente as crianças que nascem com algum tipo de deficiência física ou mental serem rejeitadas. "Talvez por uma questão cultural, esse tipo de abandono é frequente entre os naturais de países africanos", afirmou a mesma fonte.
No Porto, registaram-se 11 situações em que as mães deixaram os filhos nas unidades de saúde. No Hospital de São João, foram propostos para adopção cinco recém-nascidos, e apenas um bebé foi abandonado pela mãe poucas horas após o parto. Na Maternidade Júlio Dinis foram entregues cinco crianças para adopção. Um dos casos foi de uma jovem estudante que recusou abortar, optando pela adopção. Nos restantes casos, são famílias disfuncionais, carenciadas, já com vários filhos. O Tribunal de Família e Menores do Porto acompanha os processos de adopção. CM
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Sei bem que realidade é essa. Trabalho aos sabados numa casa de passagem de crianças entre 0 a 6 anos. Os processos de adoção são lentos e a criança passa a sua infância presa num abrigo.
ResponderEliminarRaquel, uma realidade que preferíamos que não existisse.
ResponderEliminarE parece que da vez de agilizarem o processo de adopção, complicam.
Fique bem
É verdade, Eduardo. No Brasil o processo de adoação está cada vez mais burocrático. Parece que preferem que as crianças continuem nos abrigos a serem adotadas. Lamentável!
ResponderEliminarAbraços!
Em Portugal tentaram alterar o sistema e desburocratiza-lo, mas parece-me que na prática pouca coisa mudou, Vera!
ResponderEliminarÉ lamentável, sim.
Fica bem
Edu,
ResponderEliminarNa minha cidade, vivia num orfanato uma menina com mielomeningocele, inteligente e linda. A mãe (ouvi dizer que é juíza) não quis saber dela e também não permitia que ninguém a adotasse, por que a família é rica... Só que um casal conseguiu, ela já estava com uns 8 anos.
Fica bem.
Beijos,
Mônica
Nem sei que dizer perante teu relato, Mónica.
ResponderEliminarFelizmente essa menina teve alguém que a desejou amar.
Fica bem