Tal como muitos beneficiários Maria do Céu da Silva Costa Fernandes, residente em Frossos, concelho de Braga, foi notificada, em Agosto último, de que passaria a receber menos de Rendimento Social de Inserção (RSI), neste caso, quase menos 200 euros.
Maria do Céu, que é mãe de uma criança de nove anos deficiente profunda, não se conforma com o ‘corte’ até porque nada mudou nos seus rendimentos. Pelo contrário, nos últimos anos aumentaram as despesas de saúde e higiene com a pequena Ana.
Maria do Céu recebia, até Agosto, 441,52 euros e a prestação foi reduzida para 264,46 euros.
Até compreende que as regras de cálculo tenham mudado, mas contesta a atribuição de apoios a quem não precisa.
Maria do Céu conta que não chegam 100 euros para a medicação e fraldas da Ana, a que acrescem as despesas com a higiene e alimentação, já que a criança, no último ano, deixou de comer por si e tem de ser alimentada através de botão de gastrostomia, o que implica cuidados acrescidos.
A agravar ainda mais o orçamento familiar, suportado pelo ordenado do marido, a pequena Ana precisa de um novo apare-lho por causa dos problemas respiratórios .
Maria do Céu até já pediu uns orçamentos, mas o mais barato é de 736,89 euros e não tem dinheiro para fazer face a mais esta despesa.
É que com o recálculo da prestação de RSI, Maria do Céu perdeu também outros apoios sociais: no caso por existir no agregado familiar um elemento com deficiência física e mental profundas e também o apoio para compensar despesas de habitação.
“A Segurança Social não está a ver as despesas com saúde e higiene” lamenta Maria do Céu, cansada de lutar nos últimos oito anos.
Desde que a filha nasceu, há nove anos, Maria do Céu trabalhou cerca de um ano, mas teve de deixar a empresa onde estava há 16 anos para acompanhar os tratamentos e frequentes internamentos da pequena Ana.
“A Ana necessita dos cuidados imprescindíveis prestados por sua mãe para todas as suas funções vitais” atesta uma carta do hospital de Braga.
A criança ficou conhecida, por, há dois anos, ter sido colocada num agrupamento escolar, apesar da deficiência profunda, quando a mãe reivindicava uma vaga na APPACDM.
Maria do Céu tem mais dois filhos: um bebé de cerca de dois anos e outro ainda a estudar.
Fonte: Correio do Minho
o estado português é insensível aos deficientes e suas famílias não entendem que uma pessoa deficiente representa 3 ou 4 filhos sem problemas eu sou mãe se 1 filha deficiente vivemos aS DUAS COM 380 EUROS e não posso procurar emprego porque o estado não tem vagas em centros de dia para a minha filha gostaria que os nossos governantes se governassem com 190 euros por mês cada um para verem como se vive
ResponderEliminarÉ verdade Catalina! Frustrante e desolador ver que cada vez nos abandonam mais.
ResponderEliminarSinto muito pela vossa situação.
Fique bem