segunda-feira, 19 de julho de 2010

CNIS e a Integração de Pessoas com Doença Mental

A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade entende existirem carências na reabilitação psicossocial e integração na sociedade das pessoas com doenças mentais e vai elaborar um plano de acção que se articule com o Plano Nacional de Saúde Mental.

Para levar a cabo esta tarefa, o centro de estudos da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) organizou um grupo de trabalho cuja principal função passa por “analisar a possibilidade que há da parte social e das instituições de solidariedade se adequarem às respostas necessárias à reabilitação e inclusão dos doentes mentais desinstitucionalizados”, explicou o coordenador do grupo.

“A actual reforma da saúde mental tem como um dos pilares fundamentais que o doente mental só estará em regime hospitalar enquanto necessário, devendo passar para outras soluções, como residências, de modo a que possa ser integrado na sociedade e recuperado”, explicou à agência Lusa Jaime Neto.

O responsável lembrou que foi recentemente publicado um diploma de cuidados continuados integrados de saúde mental que “aponta para esta resposta social” e que tipifica as soluções, mas sublinhou que há ainda “muitas carências nestas respostas”.

“Não há resposta para todas as pessoas com deficiência mental prolongada”, admitiu.

Pretende, por isso, dar continuidade e completar os programas do Serviço Nacional de Saúde (SNS), principalmente no que se refere à reabilitação psicossocial e integração na sociedade.

“É preciso quem faça a reintegração psicossocial, ensinando hábitos de higiene, a cuidar da sua vida, a tratar da sua casa, ou então dar-lhes protecção”, exemplificou Jaime Neto.

“São estas respostas que já estão hoje tipificadas em vários modelos e já são feitas por várias instituições, mas não chegam e é preciso fazer um plano deste lado para complementar o que é feito do lado da Saúde”, acrescentou.

As soluções, adiantou Jaime Neto, podem passar por fóruns socio-ocupacionais, apoio domiciliário ou modelos residenciais vários.

“Enfim, condições de vida própria. Essa parte é com a área social”, frisou.

A primeira reunião de trabalho decorreu hoje para “ouvir as pessoas ligadas a este sector e outras que encontram muitos deficientes mentais no seu percurso”. Está prevista uma próxima reunião em Setembro.

Nessa altura será então elaborado o plano definitivo, que deverá demorar cerca de um ou dois meses até estar concluído.

Fonte: Público

2 comentários:

  1. Caro Eduardo,
    A melhor forma de reabilitação e inclusão destas pessoas e dar-lhes oportunidades. Quanto mais, melhor. Não permitir que o preconceito anule suas aptidões, qualidades, talentos.
    Medicadas podem ter uma vida próxima do normal. Dependendo do caso, totalmente normal.
    Um abraço.

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  2. É o que a CNIS mais deseja. Mas pelos vistos a integração está a ter muitos problemas.

    Ainda acho que as residências assistidas, será o melhor.

    Fica bem.

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