Erros e ocorrências adversas para os pacientes terão um canal de comunicação célere às autoridades de Saúde. O sistema de notificação de incidentes de segurança ainda está em embrião. Não servirá para punir, mas para melhorar serviços e compensar lesados.
O director-geral de Saúde afirmou ontem que se encontra em preparação um sistema de notificação de todos os incidentes de segurança na rede de cuidados de saúde, em particular nos hospitais. De acordo com Francisco George, tal sistema, ainda sem data de arranque, "não deve ser punitivo", mas também "não deve ser imune, acarretando consequências na responsabilização por erros no cuidado a doentes".
No dia em que foram reveladas as queixas de utentes à Entidade Reguladora da Saúde que o relatório do Provedor de Justiça incluiu processos sobre prestação de cuidados, Francisco George anunciou também que está em estudo a criação de uma "cartilha", a receber pelo doente na admissão a um hospital. O documento informará sobre riscos a que pode ficar exposto (por exemplo infecções).
egundo Francisco George, o sistema de referenciação de queixas não substituirá o papel da Inspecção-geral dos Assuntos de Saúde (IGAS). Ele servirá para situações em que "o doente adquire um problema de saúde que não tinha à entrada (do hospital) e pelo qual deve ser compensado". "Temos de saber quantos casos, como eles surgem e como podem ser evitados". Assim descreveu Francisco George os objectivos do sistema, baseado em plataforma informática, onde "os assuntos devem ser notificados com normalidade". O manancial que assim chegar às autoridades de saúde constituirá um "observatório em segurança do doente". O JN soube junto de fonte ligada ao processo que a informação sobre casos em que a qualidade dos cuidados tenha posto mais em causa a saúde do paciente poderá ter origem também em médicos que detectem falhas no procedimento de colegas.
Segundo o director-geral de Saúde, "esta ferramenta de notificação tem ainda de ser afinada". É uma das sete prioridades da Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde, já definida. Ao intervir, ontem, no fórum sobre segurança dos cuidados de saúde, Francisco George referiu que as infecções a eles associadas, segundo o sistema de vigilância ainda incompleto, tiveram uma prevalência de 11% no ano de 2009.
Fonte e noticia completa: JN
Todos nós sabemos a quantidade de pseudo médicos que temos a exercer no nosso país. Os erros grosseiros e os danos irreversíveis que provocam nos pacientes. Apesar de serem denunciados à Ordem dos Médicos, esse lobby vergonhoso apenas se limita a mandar as queixas para o "colégio da especialidade" onde se mantêm durante anos até cairem no esquecimento. A saúde neste país é vergonhosa e enquanto houver altas patentes a lucrarem com o mal dos outros e sob a cobertura da imunidade diplomática, Portugal primará sempre pela pequenez. As vítimas desses monstros ainda têm que ter os meios económicos necessários para contratar um advogado e mover-lhes um processo judicial que se arrastará durante anos nos tribunais. É revoltante a forma como os prevaricadores neste país continuam a ser beneficiados.
ResponderEliminarDisse tudo, Chamonix!
ResponderEliminarObrigado pelo seu excelente comentário!
Fique bem.