Este mês, na minha coluna no Vida Mais Livre, resolvi dar a conhecer este aparelho que sendo accionado por um simples botão, de um comando tipo de tv, podemos despejar nossa bexiga, intestino e ficar com pénis erecto.O Neuroestimulador de Brindley controla artificialmente a bexiga usando a estimulação elétrica. Um tratamento sem notícia de rejeições, que “agarra”, por meio de cabos de material inerte, raízes sagradas anteriores (fibras que transmitem estímulos de sensação de bexiga ou intestinos cheios). O grande objetivo do inventor do neuroestimulador – o inglês Brindley- era, sobretudo, regularizar a função urinária, mediante ondas eletromagnéticas acionadas pelo doente ou, no caso dos tetraplégicos completos, pela pessoa que os acompanha. È como um controle remoto: existe um botão para esvaziar a bexiga, outro para o intestino e outro para deixar o pênis ereto.
Neste momento, além de resolver a incontinência urinária, o mecanismo apresenta outras extraordinárias aplicações. Também devolve a ereção a dois em cada três homens operados, e facilita, em 50% do total de casos, a função intestinal. À vista, ficam apenas duas cicatrizes cirúrgicas normais, uma nas costas e outra na zona toráxica abaixo do mamilo esquerdo ou direito, que é onde subcutaneamente é infiltrado um pequeno aparelho com uma bateria. Após ser acionado por um comando externo, executa as funções desejadas (esvaziamento da bexiga, intestino ou ereção do pênis). Em geral, não é necessário internação após a cirurgia.
O urologista Paulo Vale, que se especializou na técnica com os melhores, e o neurocirurgião Cunha e Sá, iniciaram em fevereiro de 1996 este implante aqui em Portugal. A seleção de doentes que podem ter implantado o neuroestimulador implica uma rigorosa bateria de exames (Ecografia Renal e Vesical, Estudo Urodinâmico, Ressonância Magnética da coluna lombar feita com contraste, Radiografia do Tórax, ECG e Análises Clínicas de rotina pré-operatória). Há também um fator básico de triagem: a lesão tem de estar situada na chamada “medula alta”, ou seja, acima da vértebra-dorsal designada D12, onde se insere a última costela. Isto para que seja possível aos médicos intervir na zona de saída dos nervos que influem na área da bexiga.
OBSERVAÇÃO:
Eu já fiz todos os exames, passei por todas as consultas com os especialistas que refiro acima, mas o neuroestimulador vai ser implantado nas raízes sagradas anteriores, raízes essas que serão cortadas. Acontece que eu tenho estímulos que me são transmitidos por elas e nesse caso irei perdê-los. Para mim, são muito importantes esses estímulos. Quando eu tenho a bexiga cheia, tenho essa sensação, assim como quando necessito defecar.
Se forem me retirados esses estímulos, como poderei saber a hora que irei para a cadeira de rodas higiênica? É que se for antes de sentir sensações nada funcionará. E se ficar tempo demais na cama, defecarei lá mesmo, sem sentir vontade.Estou indeciso. Inclusive, na sexta-feira, 11 de junho, vou ter uma reunião definitiva com a equipe que faz o implante.
Esta é uma excelente alternativa para nós lesados medulares. Infelizmente, esta cirurgia ainda não é feita no Brasil e, tem custos muito elevados: entre 25.000,00 e 30.000.00 € (euros).
Mais sobre o Neuroestimulador: aqui,aquieaqui
Boa Noite,
ResponderEliminarEduardo mantive contato com o Dr Paulo,que por sinal muito atencioso, mandei exames do meu irmão, mas quando nos foi passado sobre que teria que cortar as raízes ficamos receiosos o meu irmão esta na mesma dúvida se leva o implante adiante ou não. Por favor se puder nos mantenha informado.
Grande abraço
Simone de Bem - Brasil
Simone, fui eu que vos pus em contacto com o Drº Paulo Vale, por isso conheço o vosso caso.
ResponderEliminarMas qual o teu receio por serem cortadas as raízes? Não sei que mais informações desejas.
Meu é pelas razões que enumero.
Todos os paraplégicos que contactei estão muito satisfeitos com o aparelho. Dizem que qualidade de vida deles melhorou muito.
Fica bem.