“Um rude golpe nas aspirações” dos velejadores portadores de deficiência assim classifica o Centro Náutico de Faro (CNF) o furto das três embarcações de características específicas que permitiam desenvolver o projeto “Sailability”, já com perto de uma década.
O Centro Náutico, atualmente instalado na Praia de Faro, lembra em comunicado que “a aquisição das embarcações foi possível após longos esforços” de vários adeptos da vela, de patrocinadores e entidades oficiais e o seu desaparecimento coloca em risco o projeto de Vela Adaptada «Sailability» a funcionar há perto de 10 anos.
Embarcações oriundas da Austrália
Tratou-se de um processo “complicado” já que as embarcações foram construídas na Austrália, implicando seu transporte uma logística morosa.
As embarcações de modelo Access 2.3 são, segundo o Projeto internacional “Sailability” dotados de um assento confortável, servo-assistido eletricamente com joystick e grande capacidade de manobra. As bordas laterais elevadas, o patilhão lastrado e uma vela que se enrola no mastro também tornam o barco um dos mais seguros do mercado.
De grande fiabilidade e segurança,os barcos podem ser utilizadas por qualquer velejador, sendo particularmente adequadas a crianças e seniores.
Inicialmente os 3 barcos, que são propriedade da Associação Regional de Vela do Sul, estiveram acostados na Marina de Vilamoura.
A sua guarda foi posteriormente atribuída ao Ginásio Clube Naval de Faro, que garantiu “a prática desta atividade desportiva a pessoas deficientes, utentes de várias Instituições do concelho de Faro vocacionadas para o efeito”.
O “Sailability” Algarve, “para além da componente de lazer, promove nas pessoas com deficiência a autoestima, possibilitando-lhes igualmente o desabrochar de qualidades e aptidões que doutro modo ficariam impossibilitados de desenvolver”, salienta o comunicado do CNF.
As atividades náuticas desenvolvidas pelo CNF são dirigidas a todos os cidadãos de Faro independentemente da sua idade experiência e idade, de forma gratuita.
Os responsáveis do CNF manifestam agora a esperança “que as embarcações sejam recuperadas por quem de direito”, de forma a não comprometer o acesso às atividades náuticas por parte dos velejadores portadores de deficiência. Observatório do Algarve
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