No ano passado, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) lançou uma campanha para encontrar na cidade de Lisboa famílias que tivessem dispostas a aceitar em sua casa crianças ou idosos.
No final, havia 157 famílias dispostas a aceitar o repto lançado pela Santa Casa, mas “não havia nenhuma que reunisse os requisitos legais ou socioculturais, por isso nem chegámos ao processo de candidatura”, contou à agência Lusa José Pedro Pinto, porta-voz da SCML.
“Nós tínhamos a noção perfeita das dificuldades”, recordou o assessor, lembrando que uma das condições para as pessoas se poderem candidatar era viverem em Lisboa, uma cidade com uma população bastante envelhecida.
Além das respostas que a SCML recebeu de pessoas que não cumpriam o requisito geográfico, havia ainda quem vivesse em habitações sem condições para receber idosos ou crianças: casas de difícil acesso para deficientes ou uma família a viver num T1 foram alguns dos aspectos que inviabilizaram candidaturas.
Ter rendimentos familiares “sólidos” era outra das condições, definida para tentar afastar quem se move por questões monetárias.
Apesar dos resultados, a SCML, sublinhou José Pedro Pinto, “não abandona projectos”. “Quando os começa é para os pôr em prática”, acrescentou, explicando que agora a instituição vai “ver qual a melhor forma para pôr o projecto em curso”.
Actualmente, a SCML dá apoio a 4.200 idosos por dia e a 3.489 crianças. Público
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