Excelente texto, leiam:
A inércia que tens sentido, por parte das Câmaras Municipais, para a elaboração de um Plano Estratégico para o Turismo Acessível no Algarve não é, nos dias de hoje, de estranhar.
As CM não tem , tal como o resto do pais, dinheiro nem disposição política para planos, só faz sentido o imediato, a receita e o foguetorio barato.
O movimento que estás a dinamizar no facebook pressupõe que as pessoas se preocupem com as outras até ao ponto de criar uma massa critica ou uma consciência social que desperte a atenção do marketing político.
É certo que o Facebook em particular e a internet em geral, pode criar movimentos fortíssimos que, geram grandes mudanças, restruturações e até revoluções mas, o incentivo tem de ser muito forte.
As acessibilidades não motivam estes grandes movimentos porque as pessoas estão preocupadas com o dia-a-dia, o credito e a fome, esquecendo-se que um destes dias pode ser o deles.
As acessibilidades no turismo não deve ser encarado como um problema á parte da qualidade de vida das populações indígenas/ autóctones e do respeito com que recebemos as visitas na nossa terra.
A nossa terra, Portugal, e em particular o Algarve, tem um clima privilegiado e praias magnificas, é isso que podemos oferecer, turismo de sol e mar. Não devemos ter problemas nisso é o que temos, o que nos destingue. Agora ele pode é ser bom, mau, medíocre, para todos ou só para alguns.
Só a criação de uma cultura de qualidade e respeito , por quem nos visita pode qualificar o nosso turismo.
O Turismo Acessível será assim um objectivo dentro de uma estratégia geral de Upgrade do turismo português.
Preparar o pais para receber todos os visitantes resultará num turismo menos sazonal e a afirmação de um destino de segunda residência.
Esse movimento pode começar no Algarve mas, só quando as estruturas de acolhimento se reabilitarem.
Tenho para mim que, e para isso o facebook é um ferramenta ideal, não será o voluntarismo político que vai iniciar este movimento, vai ser sim a sociedade civil num trabalho de formiga. Este trabalho de formiga deve começar pelas nossas casas e pelo que nos rodeia, traduzindo-se num espirito observador, interventor, persistente e dialogaste nas nossas acções diárias
Não sou adepto de movimentos de acção directa mas, se formos tomar um café e este não for acessível, chamamos a atenção para o facto a quem de responsabilidade. E se tudo continuar na mesma insistiremos delicadamente informando inclusivamente da existência de normativo técnico.
As pessoas que fazem parte deste grupo são pessoas conhecedoras dos problemas e que interagem transversalmente na sociedade.
As nossas acções, embora simples, podem fazer a diferença e criar uma consciência cívica para o problema das Acessibilidades.
Utopia?
Com um abraço, Paulo (Turismo de Nichos - Turismo Acessível no Facebook)
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