Ao ouvir o meu marido dizer que há muitos anos não íamos à praia, e por ter necessidades especiais na escolha da mesma, decidi procurar na Internet praias acessíveis...remeteu-me para o site do INR, onde encontrei uma lista muito extensa, mas pouco detalhada, que em nada me elucidou. No entanto, no site da Associação Salvador, lá consegui por fim uma explicação detalhada das condições das praias. E lá rumei eu, mais os 4 filhos e o marido, toda encantada para a Costa da Caparica, nomeadamente para a praia do CDS, visto que segundo informações teria inclusive cadeira para ir ao banho...
Bom, ao chegar lá, de facto fiquei entusiasmada porque naquela correnteza de praias todas tinhas a bandeira de praia acessível...até começar a descer a rampa.
Filhos, sacos, chapéus de sol...e no fim da rampa um buraco enorme, entre a rampa e a rampa da praia, propriamente dita...
E agora pensámos, nós? Os Nadadores Salvadores estavam lá só para fazer vigia à praia por certo, porque, não só no meu caso, mas em todos que assisti, nem se dirigiam à passadeira para oferecer auxilio fosse a quem fosse, nem para ir buscar a cadeira que permite que os deficientes motores possam ir à água, inclusivamente fiquei na dúvida se serviria só para decorar o restaurante do Barbas ou para dar prazer a quem não pode desfrutar da praia de outra forma...
Adiante...Marido pega na cadeira de um lado, filho mais velho de outro, mais a boa vontade de quem passa, lá cheguei à praia. Se tentasse ser independente, eu e todos os outros que lá fomos, no engodo da praia acessível, ficava com a frustração de a contemplar do calçadão.
Mas fiquei com a alegria de ver a felicidade dos meus filhos no mar...e a tristeza com que me perguntavam se não queria mesmo ir ao banho...eu querer, queria, mas como???
Agora peço eu à Câmara Municipal de Almada, que tanto alarde faz das praias acessíveis:
CUSTA MUITO VERIFICAR AS CONDIÇÕES EM QUE SE ENCONTRAM AS MESMAS?
Custa muito tapar com a areia os desníveis entre as rampas de madeira e as da praia? E já agora, faz algum sentido que tenhamos que pagar a utilização das casas de banho, mesmo que seja para esvaziar o saco da algália?
Gostava imenso que alguém me explicasse um dia destes o sentido da palavra ACESSÍVEL em Portugal...Gostava mesmo.
Fonte: A vida num só dia
Li o texto e fiz o comentário no blog da Manuela.
ResponderEliminarÉ para deixar qualquer um frustrado e constrangido, não é, Eduardo?
Abraços e fique bem!
E a Manuela parece que atrai estas coisas erradas. rs
ResponderEliminarEle deveria exigir explicações a quem a classificou. Foi o INR e responsável por este programa é:
Carlos Pereira
INR, I.P.
Tel.: 21 792 95 41
E-mail: carlos.pereira@seg-social.pt
Fica bem.