segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Todos os Anos Durante a Época Balnear Uma a Duas Dezenas de Jovens Ficam Tetraplégicos ao Mergulhar

Um jovem de 21 anos foi evacuado de helicóptero de uma praia de Quarteira para o Hospital de Faro, depois de ter mergulhado e batido com a cabeça no fundo do mar. Autoridade marítima mostra-se preocupada. É o terceiro caso em pouco mais de 15 dias.

Pouco passava das 10.30 horas, quando o rapaz, que estava na praia do Forte Novo acompanhado por amigos, decidiu mergulhar. Seguiram-se depois momentos de muita aflição. “Caiu mal e ficou imediatamente prostrado e sem forças nas pernas”, revelou ao JN Marques Ferreira, comandante da Zona Marítima do Sul.

Ao contrário do que sucedeu por exemplo, em Albufeira, há poucos dias, onde o mergulho foi feito a partir de um pontão (ver caixa), o jovem, de 21 anos, terá apenas protagonizado um mergulho mais acrobático para a água, desconhecendo-se se o fez já à beira do mar ou em passo de corrida.

Certo é que o rapaz bateu com violência com a cabeça na areia. É mais um caso a juntar a outros, envolvendo quase sempre vítimas do sexo masculino.

Fonte do INEM revelou ao JN que o jovem, a passar férias no Algarve, apresentava “perda de mobilidade”, mas estava a respirar com normalidade. Ainda de acordo com a mesma fonte, a vítima foi evacuada de helicóptero para o Hospital de Faro com dores na coluna, “mas sempre consciente e orientada”.

Depois de ter sido sujeito a vários exames complementares naquela unidade, os médicos confirmaram a suspeita de lesão cervical, optando por transferir o jovem, cerca das 13 horas, para o Hospital de S. José, em Lisboa, onde permanecia ontem, e até ao fecho desta edição, na Unidade de Cuidados Intensivos com “prognóstico reservado”, apurou o JN.

“Uma pessoa pode sair de casa e partir um pé”, sublinhou Marques Ferreira, para explicar que toda a gente está sempre sujeita a acidentes. No entanto, pede aos banhistas para terem mais cuidado, evitando a exposição a riscos, quer quando mergulham ou nadam no mar.

Mergulhar em águas muitos rasas de forma aparatosa ou acrobática ou em pontos desconhecidos que podem esconder perigos como pequenas rochas ou onde não se tem a noção da profundidade, poderá revelar-se fatal.

Todos os anos , durante a época balnear, uma a duas dezenas de jovens ficam tetraplégicos ou com lesões graves na coluna devido a acidentes nas praias portuguesas ou em piscinas.
Fonte: JN

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