Projecto será explorado pela APPACDM, que ali colocará utentes da instituição e jovens saídos dos cursos de formação profissional
A Casa de Chá construída nos dois edifícios das antigas instalações sanitárias do Jardim da Sereia e da Casa do Guarda começa a funcionar em meados de Setembro. Gerido pela Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM), o espaço esteve para abrir no início do Verão, no entanto, atrasos no processo de legalização obrigaram ao adiamento.
Com as obras totalmente concluídas, a APPACDM procede agora à instalação de equipamento para que, em Setembro, Coimbra possa beneficiar deste novo espaço, que deverá estar aberto entre as 11h00 da manhã e as 23h00, adianta Helena Albuquerque. No entanto, o horário estará sujeito a alterações, caso assim se justifique, sublinha a presidente da APPACDM, acrescentando que os funcionários da Casa de Chá serão os utentes da instituição, que se vão revezando neste trabalho, sob orientação de técnicos da associação.
Haverá também, à partida, dois elementos que completaram o curso de formação profissional, na área da restauração, ministrado pela APPACDM, que ali vão encontrar emprego, frisa Helena Albuquerque, acrescentando que este projecto «é muito importante» para a instituição, até porque, em Portugal, «ainda há um longo caminho a percorrer a nível da integração das pessoas com deficiência mental».
O novo espaço do Jardim da Sereia terá todas as características de uma casa de chá tradicional, com os bolos e outros produtos a serem confeccionados em vários pólos da APPACDM. Os lucros obtidos reverterão integralmente a favor da associação, que está a contar com o apoio e patrocínio de várias empresas para tornar este sonho possível.
Recorde-se que a escritura pública para a construção da casa de chá foi assinada pela Câmara Municipal de Coimbra há cerca de um ano, depois do projecto de execução elaborado pelo Gabinete para o Centro Histórico, ter merecido aprovação do executivo em Maio.
Mas, a autorização para a instalação de uma empresa de inserção no domínio da restauração na antiga casa do guarda do parque foi solicitada pela APPACDM à autarquia já lá vai mais de uma década. A 3 de Maio de 1999, o executivo liderado por Manuel Machado aprovou o pedido, por unanimidade.
O processo arrastou-se, até porque a propriedade da casa esteve entregue ao Tribunal Administrativo de Coimbra, com os moradores a reclamarem uma indemnização, lembrava em Maio de 2009, o vice-presidente João Rebelo.
Fonte: Diário de Coimbra
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