"Não foi nada como tinha imaginado. Foi muito melhor. Senti-me livre. Voltei a ser completamente independente", afirmou ao CM Luís André, de Ourique, após o baptismo de mergulho no mar de Sesimbra, junto à praia da Baleeira.
A iniciativa, proporcionada pela Associação Salvador e pela Disabled Divers International, juntou 12 pessoas com deficiências motoras, duas das quais com paralisia cerebral, que ontem mostraram não haver limites para a força de vontade.
Luís André, de 37 anos, é paraplégico, resultado de um acidente de mota há 15 anos. Ontem, cumpriu um sonho. "Senti que tinha de o fazer. Era uma coisa que queria muito. Agora é esperar pela minha vez e entrar no mar", disse, garantindo estar "tranquilo" antes de entrar na água. Cada mergulho demorava cerca de dez minutos. À saída, Luís André dizia ser um homem diferente. "Hei-de recordar isto para sempre. Quando tiver algum problema, algum obstáculo, irei sempre recordar este mergulho para me dar força", acrescentou.
Sem um braço e uma perna, devido a um acidente de mota há três anos, Andersson Coelho, de 32 anos, estava radiante. "Foi lindo. Ainda consegui ver alguns peixes. Quando quiserem repetir, podem contar comigo", referiu ao CM, já no barco Aquarama, após um longo abraço à mãe, Fátima Coelho. "Ver o meu filho na água, quando até os médicos diziam ser impossível que voltasse a fazer alguma coisa, é lindo", afirmou Fátima, contando que esteve "24 horas por dia, durante 35 dias" ao lado do filho, que esteve em coma.
Outro exemplo de força de vontade é Carla Ferreira (paralisia cerebral), praticante de canoagem adaptada, que amanhã estará na Polónia a representar Portugal no Campeonato do Mundo. "Tem duas características que fazem dela uma campeã: teimosia e força de vontade. Quando se falou do mergulho, aceitou logo", contou o treinador, Ivo Quendera.
Fonte: CM
Fico sempre deliciado com estas historias. Pelos outros e por mim...
ResponderEliminarDaniel, às vezes é preciso tão pouco para fazer alguém feliz...
ResponderEliminarFica bem.