Este tema (tal como outros) não tem sido levado a sério. A existência de pessoas de mobilidade condicionada no concelho do Seixal/distrito de Setúbal para alguns autarcas é inexistente.
A inexistência de infra-estruturas que facilitem o deslocamento dessas pessoas é existente. É uma dicotomia digna de ser discutida com seriedade. Temos cada vez mais bairros (que crescem como cogumelos) e nem as mais recentes construções são a pensar nas dificuldades das pessoas de mobilidade condicionada. Não é necessário gastar muito dinheiro do “modesto” orçamento das câmaras, basta haver boa vontade. Esse dinheiro deve ser muito mais útil para pagar aos idosos que vão contar historiazinhas ou para fazer o Boletim Municipal.
E como em tudo isto é uma cadeia, isto é, criar mais estacionamento através do licenciamento da construção de edifícios com garagens tirava uma parte substancial de automóveis dos passeios, verdade? E se aliado a isso se desnivelasse o passeio junto às passadeiras e se autorizasse a construção de edifícios com rampa até ao rés-do-chão e elevador para os restantes pisos, rampas nos espaços públicos, não era um passo de gigante onde os autarcas não se lembram dos “pequenos”? Infelizmente deparamo-nos com este problema antigo por todo o nosso país.
Em qualquer município onde nos deslocamos assistimos com pesar à mesma falta de infra-estruturas que facilitem a deslocação de todos. Desta forma até posso referir que esta falta de respeito talvez até nem seja por uma questão de princípios ou ideais políticos mas sim, falta de respeito e o desinteresse dos nossos eleitos em relação a esta matéria.
Será que esta minoria não merece a devida atenção que outras têm? Será que para a grande parte dos nossos governantes e população em geral quem tem deficiências deve mesmo ficar em casa? Poderão alguns dizer que já se fez alguma coisa, e dou com exemplo as rampas em algumas farmácias, mas isso não é o mínimo?
Para nós CDS deve haver um maior interesse e preocupação com as dificuldades destas pessoas. Não deve olhar para as possíveis alterações e/ou adaptações como uma despesa mas como uma forma de humanismo. Deve-se inovar, adaptar e alterar em prol daqueles que mais dificuldades têm. Foi aliás uma das bandeiras deste partido nas últimas eleições autárquicas e legislativas de 2009. Sim, porque para nós, os eleitores são todos, não é isso democracia?
Por: João Noronha Fonte: Setúbal na Rede
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